Nós

Nós

sábado, 19 de junho de 2010

Uma vinda peculiar para o Porto - 12 de Julho 2009


Estranhos tempos estes...

Ontem às 4:45 estava o meu filho Sandro a bater à nossa porta para nos levar ao aeroporto.

Chegados lá dirigimo-nos para o check-in. Pela primeira vez em muitos anos não escolhi o lugar - evito muito atrás porque se sente mais a turbulência. A funcionária da SATA disse-nos o tipo de aviao - Airbus 320 que traria só 85 passageiros. Tive uma sensação estranha "Avião desaparece com 85 passageiros a bordo e 8 tripulantes."

Cruzes! Tentei afastar o pensamento daí.

Como estava muito nevoeiro a saída que estava prevista para as 6:40, atrasou mais de 1 hora. Finalmente embarcámos. Quando entrei no avião é que vi os nossos lugares. A penúltima fila. Deu-me vontade de rir, mas lá fui na desportiva. Estava cheia de sono pois só dormira 2 horas.

Tudo a postos, avião pronto a levantar, motores a trabalhar e senti perfeitamente um motor a morrer. O comandante anunciou que havia uma avaria no motor direito, que íamos voltar à plataforma. Ficámos dentro do avião. Os nervos começaram a aflorar. Coloquei um Metamidol debaixo da língua. Via-se que algumas pessoas estavam impacientes, muitas nervosas. Todas caladas. "Deve ser assim que as pessoas estão numa situação em que nada depende de nós" Por mim já apanhei viagens de avião muito mázinhas, transpiro imenso das mãos, faço pânico calada mas nunca gritei. Costumo dizer a uma amiga que grita e que se enerva a si e a quem vai perto dela que se morrer quero ir de boca fechada.

Às tantas, volta o comandante a dizer que a avaria estava arranjada mas o tempo piorara também no Porto e íamos sair do avião, estando prevista a saída para as 10h30 minutos. Todos para a rua. Quando saí vi que o comandante é um miúdo com menos de 30 anos. Não vou fazer comentários para não me chamarem nomes. Felizmente lembrei-me que já viajara com aquele nome, nunca lhe vira era a cara.

Com 3 horas de atraso lá voltámos a embarcar. Um passageiro recusou-se a embarcar e teve de ser tirada a sua mala do avião.

Quando o aparelho descolou, um frio no estômago. Pensei o que acho que todos estariam a pensar, se o motor estava mesmo completamente recuperado.

A viagem acabou por ser bastante boa.

Há mais de um mês que fizéramos a reserva de automóvel. Mas chegámos à rent-a-car e não havia nenhum; nem para nós nem para mais de 10 famílias que lá estavam. E há crise...

Conseguimos noutra rent-a-car e entretanto soubemos que um avião da TAP fora atingido neste aeroporto por um bando de aves e teve de aterrar de emergência. Um dia ainda vou para a televisão fazer previsões como o Alexandrino. Cruzes!

Chegámos a casa. Deixámos as coisas e fomos para a baixa. Ribeira, almoço no Avó Maria. Comida saborosa como sempre. Mas um pouco caro. Comi um bacalhau grelhado com salada de pimentos que estava uma delícia; no ponto certo. E o pudim abade de Priscos, pois claro. O Jorge é mais carnívoro do que eu. Fomos passeando pela Ribeira e depois fomos ver o edifício da Alfândega e Casa do Infante. Para outra vez fica o Palácio da Bolsa para o Diogo também estar. Ele gosta destas visitas.

Entretanto o Diogo vinha do Algarve mas soube que mal do estômago. Estava muito preocupada até ele chegar.

À noite quando quis vir aqui, o computador desligou-se. O carregador de bateria também "dera o berro".

Então hoje fomos tratar de comprar outro carregador e depois para Braga onde houve até hoje um Festival de Gastronomia. 6 restaurantes, algumas tasquinhas. Andámos pelo recinto para escolhermos o melhor e acho que acertámos na Adega de Tenões com um óptimo Bacalhau à moda de Braga para mim e para o Diogo e nacos de vitela para o Jorge. O bacalhau demolhara demais mas o molho estava mesmo muito bom. E lá tinha pudim abade de Priscos... menos bom que o da Avó Maria mas com aquela côdea muito boa de que tanto gosto.

Fomos ver a catedral; muito interessante. Mas para ver o tesouro e tudo o mais era um total de 25 euros por pessoa. Será que o tesouro já não é suficientemente grande? Não fomos acrescentar mais ao mesmo que a Igreja católica não necessita das minhas esmolas. Vimos o que é gratuito; muito interessante. Depois andámos pelo centro histórico de que gostei bastante. Entrámos num café. Água para todos mas desde ontem que andava cismada com um fino. Pedimos e o senhor colocou na frente do Jorge. Ele disse que era para mim. Bebi-o, diz o Diogo que mais rapidamente do que o senhor o tirou do barril. Que delícia. Adoro mas não aguento álcool. Viemos a pé, a água do fino a evaporar-se do meu organismo e o alcool a circular... Vai logo para as pernas. Andei sempre que se parasse ficava sentada onde estava. Depois dormi até casa. Foi um bom passeio.

Agora aproveito estas saídas para comer livremente, pois em casa faço o meu regime do qual acabo por sentir falta.

E foram assim estes dois dias...

Sem comentários:

Enviar um comentário