O Jorge chegou ontem da
consulta no Porto.
Desta vez não fui pelo
que foi a sua primeira vez sozinho. E que eu fiquei só. Mas estava esperançada
de que estivesse tudo bem – dentro do que é “bem” numa aplasia medular, obviamente.
Mas só não é igual a
solitário.
É que a minha mãe foi
submetida a um cateterismo cardíaco na segunda-feira – Graças a Deus não
encontraram nada (um caso branco como se diz na gíria) mas já tínhamos decidido
que eu ficaria para cuidar dela. O que se provou não ser necessário pois a
minha mãe, também Graças a Deus, é completamente independente e ainda nos leva
atrás dela – ou a frente!
Assim, o Jorge foi na
Quinta-feira; fui levá-lo ao aeroporto cedíssimo. Quando chegou ao Porto foi
fazer as análises e ontem teve a consulta.
Os valores
hematológicos eram: Plaquetas – 122; Hb – 13.5; Leucócitos – 4.2. As plaquetas
estão mais elevadas que na última análise aqui em Ponta Delgada e, atendendo, a
que no IPO os resultados são ligeiramente inferiores, então é sinal que
aumentaram mesmo. O médico disse que como o Jorge está com uma dose baixa,
pouco tóxica de ciclosporina e está a reagir bem a ela, ficará assim durante
anos. Muito bom!
Agora terá de voltar em
Dezembro.
É a 2ª vez desde que
estamos casados que nos separamos, mas o empo passou rápido e eu pude trabalhar
no que tem de ser feito como toda a revisão do que está elaborado até agora da
minha tese de doutoramento.
Ele trouxe-me quilos
(não sei quantos) de cerejas e bombons da Arcádia bem como chocolate preto para
o Diogo. É pena que o tempo das cerejas seja tão curto.
Aqui o dia da sua
partida esteve um dia bonito, com o mar chão dos Açores. Ontem, um capacete de
nuvens, um dia próprio do mês de Junho no arquipélago. Mas diz o Jorge que no Porto
estava mais frio do que aqui. Há 2 anos havia uma vaga de calor imensa. O clima
está maluquinho.