O tempo voa. Sem dúvida.
O Jorge continua estável, por vezes as plaquetas descem,
depois estabilizam naquele valor.
No início deste ano, pela primeira vez depois de ter
adoecido com anemia aplástica teve uma virose, não propriamente gripe mas
aquilo a que costumamos chamar “constipação”.
Mas no último ano, fui eu que passei por um processo muito
difícil de doença.
Tendo feito cirurgia bariátrica (sleee) no Hospital da Luz,
ao fim do 3º dia abriu uma fístula e, para não cansar ninguém (até porque esta não
é a minha saga), foram 178 dias de internamento (71 no referido hospital e 67
no de Ponta Delgada), 5 cirurgias, 15 anestesias gerais e acabou tudo em
gastrectomia total. Ah, e mais de 20 000 gastos no dito cujo hospital privado.
O Jorge aguentou-se bem, esteve ao meu lado de acordo com as
suas possibilidades, ou melhor, em termos de quantidade, esteve sempre
presente, incluindo o ficar no Hospital da Luz, como acompanhante no meu
quarto, em noites alternadas com o Diogo.
Foi já nos meus últimos dias de internamento no Hospital em
Ponta Delgada que ele fez a virose.
Em Maio ele foi à consulta ao IPO Porto e o Dr. Mariz
deu-lhe alta de lá, referindo que continua disponível para o que for necessário
e se for necessário alguma coisa, os médicos aqui fazem a transferência para
lá.
Mas não há-de ser necessário, se Deus quiser.
Agora é tentar pegar nas pontas da nossa vida e irmos em
frente, naquela estrada acima do Blog, que é a nossa estrada da vida.