Nós

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sábado, 6 de outubro de 2012

Horta – 6 de Outubro de 2012




No dia 3 fomos para a Horta pois, a convite da Ordem dos Enfermeiros fui apresentar a minha investigação e o livro na 20ª Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Há cerca de 1 mês o Jorge fez análises e os valores continuam a subir com Plaquetas em redor de 132. Um alívio!
Desde 2000 que eu não ía à Horta e ele nunca fora. Para mim, viajar entre ilhas é bem mais complicado do que para o continente ou para o estrangeiro. De modo que lá fomos ainda que a querida “Nadine” resolvesse anunciar a sua passagem para o dia de partida e o seguinte.
A viagem de avião foi muito boa mas à chegada ao Hotel (Hotel do Canal), tudo eram avisos tendo em conta a tempestade que se aproximava mas que pelos jeitos foi para outro lado. Choveu mas nada de especial quanto a vento. Falámos com “um homem do mar” enquanto jantávamos que nos afiançou que não ía haver nada. Acertou. No dia da chegada, em 1h20m demos a volta à ilha. No dia seguinte eu não podia e se as previsões se concretizassem na sexta-feira não estariam condições atmosféricas propícias.
No dia 4 foi a apresentação do meu trabalho e soubemos no entretanto de uma greve da SATA. Contactada a companhia disseram-nos que não vínhamos a 5 como marcado mas a 6.
Tivemos de nos dirigir ontem aos balcões da companhia no aeroporto para ter os voucher que nos permitiram mudar de Hotel (Hotel Faial). Enquanto no outro a janela era para um pátio, neste foi para o Pico (que esteve sempre tímido e apenas por algumas horas de ante ontem deu o ar da sua graça ao Jorge).
Ainda a 4, à noite, juntámo-nos com a Florinda, o Licínio, o Luís e uma colega da Terceira, para jantarmos no Peter. Mas o Jorge vinha-se a sentir mal e nem o caldo verde todo conseguiu comer. Disse que ía para o quarto e eu fiquei mais um pouco. Quando cheguei perto dele tinha vomitado e tinha diarreia e febre. Fiquei apreensiva. Já depois de tudo, viajámos para o Brasil, Cabo Verde e a República Dominicana e nunca adoeceu. Adoecia agora na Horta. Contudo, senti-me algo segura. Na Terceira seria pior porque não há hematologista enquanto existe na Horta. Pouco dormi bem como ele numa noite de má disposição dele e de vigilância minha, sem dizer nada, mas vigiando sinais de desidratação ou outra complicação. Ao pequeno-almoço ele tinha fome, o que me pareceu um bom sinal, a temperatura estava nos 37,1 e tinha dor de cabeça. Fez 1 gr. de Paracetamol efervescente, bebeu chá e comeu pão. Fizemos as malas para mudar de hotel, fomos ao aeroporto e depois almoçar. Ele sentia-se praticamente bem. Tivemos o cuidados de se hidratar e depois de chegarmos ao “novo” hotel, dormimos e dormimos. Acordou bem disposto, jantámos e voltámos a dormir. Mais ele que eu porque o vento me acordava. Esta noite sim, fez vento. Mas o Jorge estava recuperado.
Ainda fomos trocar os chouriços que ele comprou em vez de linguiça, pois no dia 4 eu não tinha tempo para ir ao Talho Angos e pedi-lhe que fosse. Felizmente não viemos ontem ou eu teria chouriços para vender uma vez que trouxe para pessoas que me pediram… linguiça. Os senhores foram muito simpáticos e aceitaram a troca. Então trouxemos a linguiça e parte dos chouriços que o Jorge comprara.
A caminho do aeroporto, como era cedo, fomos dando passeios a ver algumas praias, piscinas naturais e portos.
Estava vento e chovia mas já no avião vi o Comandante chegar e sendo o Vasconcelos, fiquei completamente tranquila. É estranho mas é assim mesmo pois de outro modo ficaria muito enervada já que o tempo não era o melhor e fez-se sentir na aproximação a Ponta Delgada. Eu, na maior. Afinal, foi piloto da Força Aérea, um dos melhores. O melhor, várias vezes.
O Jorge gostou imenso da Horta. Acha que a Avenida marginal é a mais bonita dos Açores e, mesmo dizendo que o “nosso” bairro do Bom Sucesso em Alverca é maior (e deve ser mesmo), gostou muito. Por mim, foi a vez que gostei mais. Mesmo com o episódio de mau estar dele, a companhia certa é a companhia certa.