No dia 3 fomos para a Horta pois, a convite da Ordem dos
Enfermeiros fui apresentar a minha investigação e o livro na 20ª Semana Mundial
do Aleitamento Materno.
Há cerca de 1 mês o Jorge fez análises e os valores
continuam a subir com Plaquetas em redor de 132. Um alívio!
Desde 2000 que eu não ía à Horta e ele nunca fora. Para mim,
viajar entre ilhas é bem mais complicado do que para o continente ou para o
estrangeiro. De modo que lá fomos ainda que a querida “Nadine” resolvesse
anunciar a sua passagem para o dia de partida e o seguinte.
A viagem de avião foi muito boa mas à chegada ao Hotel
(Hotel do Canal), tudo eram avisos tendo em conta a tempestade que se
aproximava mas que pelos jeitos foi para outro lado. Choveu mas nada de
especial quanto a vento. Falámos com “um homem do mar” enquanto jantávamos que
nos afiançou que não ía haver nada. Acertou. No dia da chegada, em 1h20m demos
a volta à ilha. No dia seguinte eu não podia e se as previsões se
concretizassem na sexta-feira não estariam condições atmosféricas propícias.
No dia 4 foi a apresentação do meu trabalho e soubemos no
entretanto de uma greve da SATA. Contactada a companhia disseram-nos que não vínhamos
a 5 como marcado mas a 6.
Tivemos de nos dirigir ontem aos balcões da companhia no
aeroporto para ter os voucher que nos permitiram mudar de Hotel (Hotel Faial).
Enquanto no outro a janela era para um pátio, neste foi para o Pico (que esteve
sempre tímido e apenas por algumas horas de ante ontem deu o ar da sua graça ao
Jorge).
Ainda a 4, à noite, juntámo-nos com a Florinda, o Licínio, o
Luís e uma colega da Terceira, para jantarmos no Peter. Mas o Jorge vinha-se a
sentir mal e nem o caldo verde todo conseguiu comer. Disse que ía para o quarto
e eu fiquei mais um pouco. Quando cheguei perto dele tinha vomitado e tinha diarreia
e febre. Fiquei apreensiva. Já depois de tudo, viajámos para o Brasil, Cabo
Verde e a República Dominicana e nunca adoeceu. Adoecia agora na Horta.
Contudo, senti-me algo segura. Na Terceira seria pior porque não há
hematologista enquanto existe na Horta. Pouco dormi bem como ele numa noite de
má disposição dele e de vigilância minha, sem dizer nada, mas vigiando sinais
de desidratação ou outra complicação. Ao pequeno-almoço ele tinha fome, o que
me pareceu um bom sinal, a temperatura estava nos 37,1 e tinha dor de cabeça.
Fez 1 gr. de Paracetamol efervescente, bebeu chá e comeu pão. Fizemos as malas
para mudar de hotel, fomos ao aeroporto e depois almoçar. Ele sentia-se
praticamente bem. Tivemos o cuidados de se hidratar e depois de chegarmos ao “novo”
hotel, dormimos e dormimos. Acordou bem disposto, jantámos e voltámos a dormir.
Mais ele que eu porque o vento me acordava. Esta noite sim, fez vento. Mas o
Jorge estava recuperado.
Ainda fomos trocar os chouriços que ele comprou em vez de
linguiça, pois no dia 4 eu não tinha tempo para ir ao Talho Angos e pedi-lhe
que fosse. Felizmente não viemos ontem ou eu teria chouriços para vender uma
vez que trouxe para pessoas que me pediram… linguiça. Os senhores foram muito
simpáticos e aceitaram a troca. Então trouxemos a linguiça e parte dos chouriços
que o Jorge comprara.
A caminho do aeroporto, como era cedo, fomos dando passeios
a ver algumas praias, piscinas naturais e portos.
Estava vento e chovia mas já no avião vi o Comandante chegar
e sendo o Vasconcelos, fiquei completamente tranquila. É estranho mas é assim
mesmo pois de outro modo ficaria muito enervada já que o tempo não era o melhor
e fez-se sentir na aproximação a Ponta Delgada. Eu, na maior. Afinal, foi piloto
da Força Aérea, um dos melhores. O melhor, várias vezes.
O Jorge gostou imenso da Horta. Acha que a Avenida marginal
é a mais bonita dos Açores e, mesmo dizendo que o “nosso” bairro do Bom Sucesso
em Alverca é maior (e deve ser mesmo), gostou muito. Por mim, foi a vez que gostei
mais. Mesmo com o episódio de mau estar dele, a companhia certa é a companhia
certa.
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