A nossa saga no combate à Anemia Aplástica diagnosticada em 2008 ao meu marido. Escrever começou como uma forma de terapia para mim. Dois anos depois (15 de Junho de 2010), o diagnóstico de uma recaída estabelece-se com indicação de repetição do tratamento. O fundo deste blog tem as cores dos Açores que tanto se assemelham às do Norte de Portugal (o tratamento é no IPO Porto). E uma estrada que representa - A Nossa Saga.
Nós
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Desilusão – 25 de Junho de 2008
Afinal o Jorge não teve alta.
Não sei os valores; acho que não quero saber. Para me enervar e criar expectativas, mais vale não saber.
Fui com o Diogo aos Aliados. Levei 1 hora e meia para lá chegar; ele andava de mapa na mãe e ía dizendo, mas depois as ruas tinham sentido proibida e andei às voltas e às voltas. Mas no meio de tudo ríamos às gargalhadas. O que me vale é este filho. Demos uma volta lá em baixo, foi interessante.
Para o regresso foi rápido e depois segui uma ambulância a pensar que ela ía para o hospital, mas afinal era o condutor que ía descansar para casa.
Conversei muito com a esposa do sr. da cama ao lado. Encontrei uma revista de viagens sobre os Açores e levei para o marido.
Pelas 18 horas faleceu um doente e eu e a D. Isabel compreendemos isso porque vieram fechar a porta do quarto depois de ter passado uma maca para dentro.
Depois o sr. Ri foi para isolamento. Ele está psicologicamente muito em baixo e a esposa estava gelada. Ajudei-a a guardar as coisas para o marido mudar de quarto.
Não há dúvida de que a família, se se importa, claro, sofre tanto ou mais que o doente. É diferente claro. Mas pelo menos vejo as esposas manifestarem mais os seus sentimentos do que os doentes. Mas também são mulheres…
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