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sábado, 19 de junho de 2010

A Lutar para me manter à tona - 10 de Setembro de 2008

Setembro, o mês desfolhoso e que há muitos anos não era nada do meu apreço por anunciar o fim do Verão. Quando o Outono começou a ser a minha estação preferida (acabam as alergias), comecei a agradar-me por este mês. Mas como em tudo, este ano está a pôr a minha vida de pernas para o ar.
Sem querer entrar em pormenores por respeito à Associação que escolhemos ficar nestes meses tenho porém de dizer que tive de lidar com outra inquilina que me pôs os nervos em franja pela sua arrogância, falta de sensibilidade e dizer-me o que quis e o que não quis. Só me apetecia fechar no quarto e não sair de lá.
Ter de enfrentar uma doença grave, dar apoio ao marido que a sofre e lidar com gente difícil é dose de leão. A minha ansiedade, disfarçada mas presente, veio agravar-se com a consulta do Jorge ontem.
Havendo as plaquetas subido para 118 e o hemograma para 11.5, os neutrófilos desceram para 500, o que fez com que o médico indicasse que não vamos ainda para os Açores para ver esta evolução. Claro que é o melhor sem dúvida. Como já aqui referi mais do que uma vez, ir para os Açores traz-me arrepios quando penso como se manobrarão lá certas situações.
O Jorge ficou de rastos e quase o vi chorar em público. Os olhos estavam arrasados de lágrimas e só dizia: “Quero a nossa casa”. Tive de me manter forte para lhe dar força.
Mas hoje acordei com uma grande angústia. Tomei um Metamidol e estou bêbeda. Só queria ficar enfiada na cama, às escuras. Acho que nunca sequer tinha sentido isto.
Não me posso revoltar mas questiono porque tem de ser tudo para cima de nós???
O Diogo e a Verónica regressam na sexta-feira para casa. Voltamos a ficar os dois. E o Diogo é uma grande ajuda contra qualquer depressão.
Estou a escrever um discurso miserável hoje. Cruzes!
Mas é como me sinto. Desculpem.

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