Dizem que as pessoas que são almas gémeas ficam cada vez mais parecidas.
Dá-me que pensar.
Com o tempo fomos gostando cada vez mais das mesmas coisas.
O Jorge foi tendo enxaqueca (como eu); e criando barriguinha (como eu) além de bochechinhas, como ele diz (como eu). Ah, e também a ter crises de preguicite aguda (como eu)
Eu fui ficando com os dedos dos pés carnudinhos (como ele). E passei a gostar de viagens para praias maravilhosas (como ele).
Sim, e aquelas situações clássicas das “almas gémeas”, um acaba o que o outro diz; o outro começa a dizer o que um estava a pensar; um pensa no outro e o outro telefona, etc.
Numa coisa continuamos iguais ao que éramos: eu friorenta e ele sempre cheio de calor – o que leva a coisas hilariantes…
Mas há mais: em 1989 quando tive uma leucopénia (diminuição dos glóbulos brancos), possivelmente já devido ao Lúpus que só me foi diagnosticado o ano passado, o diagnóstico provisório foi de … aplasia medular – o problemas actual do Jorge.
Esta é uma doença auto-imune, como o Lúpus que eu tenho – há coincidências? Eu acredito que não.
Bem, mas hoje comecei aqui com uma dorzinha de garganta e aftas na língua (juro que não nos beijámos); há tanto tempo que não o fazemos que ainda vamos ter de aprender tudo de novo quando ele ficar melhor. (Olha a nossa cara de preocupados!!!).
De resto o dia passou-se com a calma que tem de ser. A temperatura dele a manter-se nos 37.2; não subiu o que é bom mas está teimosa…
Queridos amigos, quero agradecer a todos que se juntaram ao meu grupo.
Também a todos que me mandaram as mensagens mais lindas que aquecem o meu coração e dão uma grande força. Vocês são demais.
Tenho muitas saudades do meu filho mais novo. Dá assim um aperto no coração saber que ele está lá nos Açores sozinho. Tá bem, ele tem 21 anos mas… mãe galinha é mãe galinha. Ponto. Mas se ele quiser ele pode sempre voltar. Vocês, amigos, nem calculam as gargalhadas que damos juntos.
Até amanhã, se Deus quiser!
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