Nós

Nós

sábado, 19 de junho de 2010

Herpes zoster e sandes de máquina


Costumo dizer que são dois passos para a frente e um para trás. Hoje foram vários para trás.

Desde ontem que o Jorge vomita, está muito tonto e hoje começou com febrícola.

Mas desde Domingo que ele apresenta uma erupção na região temporal (tempora) esquerda. Ontem eu disse-lhe "Jorge, isto parece Herpes?" Pois sim, e desde quando há profetas na sua própria terra? Nem pensar, que nem acreditou.

Hoje achei que a coisa era demais e obriguei-o (a palavra é essa) a ir ao Hospital, ao Serviço de Atendimento Não Programada (assim tipo SU do IPO).

Vai de análises (plaquetas para baixo, bem como a hemoglobina, neutrófilos para cima), de observação pelo Otorrino e depois de eu esperar mais de 3 horas sentada numa cadeira, o médico chamou-me para explicar que o Hérpes Zooster (Bingo, Paula!) que lhe apareceu na têmpora é que está a provocar toda a situação.

Tenho de assinalar a humanidade e a competência do Dr. Sérgio, o médico que o atendeu hoje.

A anedota do dia? (Como já viram pelo meu discurso, eu tento rir mesmo quando não há vontade nenhuma de o fazer)

Fomos para o hospital cerca do meio dia; eu apenas comera duas bolachas de água e sal.

Chegou a um momento que eu estava cheissima de fome. Fui àquelas máquinas que têm sandes e bebidas. Primeiro foi um iogurte líquido - moeda para dentro, iogurte por lá abaixo. Depois uma sandes de carne assada: 1 euro para dentro: a prateleira da dita cuja soluçou e... a máquina engoliu o dinheiro e eu nem cheirei a sandes que ficou presa (como nada acontece por acaso pelo aspecto de velhinha dela, se calhar foi melhor...). Não me atrevi a pedir mais nada não fosse a máquina estar com mais fome do que eu e reter-me mais dinheiro sem me prestar o serviço necessário. Bebi o iogurte que me calou o estômago e lá encontrei na referida máquina um número de telefone. Liguei. Será que eu pensava que me dariam crédito e lá podia tirar uma famigerada sandes??? Pois, a menina do outro lado muito simpática pediu-me o nome. Dei. E a morada. Pensei, "Será que me vão levar uma sandes a casa?" Estava "tesa" de fome naquele momento!!! Lá ela me explicou que me iriam mandar 1 euro para casa. Juro que tive imensa vontade de começara à gargalhada. Disse-lhe ainda "Minha senhora, eu moro nos Açores!" E ela "Nós mandamos para lá!" E o que eu queria era que alguém ali no hospital tivesse uma chave para abrir a máquina e dar-me o pãozinho com a carninha assada. Está bem, está. Lá dei a morada. Daqui a uns meses tenho o euro em casa - deve ser mais caro o envio do que o conteúdo - mas afinal o euro é meu!

Sem comentários:

Enviar um comentário