Nós

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sábado, 19 de junho de 2010

Matosinhos e Feira de Custóias

Por volta da hora de almoço saímos para ir à feira de Custóias. Necessitamos de comprar malas de viagem que as nossas estão velhas, velhinhas.

Mas antes quis ir ver a Igreja do Senhor de Matosinhos. ADOREI! Simplesmente. As capelas cá fora são impressionantes, o jardim é lindo e a igreja é lindíssima mas não pude ver bem porque havia um casamento e como é lógico, não ía pôr-me entre as pessoas a incomodar. Um dia destes volto lá para acender uma vela, se Deus quiser e então ver melhor a igreja.

Depois fomos para a feira de Custóias. Almoçámos mesmo por ali – sem comentários sobre a comida. A feira é enorme e só vimos o lado direito porque o Jorge começou a ficar muito cansado. Em dois fóruns que estou inscrita na Internet (um sitiado nos Estados Unidos e outro no Reino Unido) sobre aplasia medular, a orientação é para que os doentes nesta fase de recuperação andem ou façam algum exercício ligeiro para evitar maior perda de massa muscular e, muito importante, estimular a produção de eritropeoitina (que está na base de produção de glóbulos vermelhos) pelo rim. Mas porque é que os nossos médicos não explicam isso??? Nestes fóruns há leigos e médicos e desde Janeiro são uma companhia e uma forma de conhecimento imprescindível.

Encontrámos malas de viagem. Até interessantes e o preço também. Comprámos uma bem grande e outra mais pequena – toda a vez que compramos malas de viagem temos uma história. Uma das nossas que já está velhinha foi comparada em Florença e tem a seguinte história:

Para enquadrar deixem-me dizer que o meu marido, o Jorge é… poupado, forreta… bem, o que quiserem chamar. O lema dele é “se posso poupar um cêntimo poupo dois”. Isto tem sido muito bom para mim mas cria situações às vezes como a de Florença que passo então a contar: soubemos que podíamos comprar óptimas malas a preços bons. Precisávamos de uma mala. Então, mais do que agora, eu quando viajava comprava tudo o aparece. A viagem começara em Milão e em Florença já precisávamos de uma mala grande. Assim foi, comprámos. Como era mesmo grande e (aqui para nós), como eu não gosto de transportes colectivos disse ao Jorge: “Vamos de táxi levá-la ao hotel”, “Nem penses – respondeu ele – a guia disse que ali ao lado da catedral há autocarros para todo o lado”. “E sabes orientar-te – ainda inquiri” “Claro que sim – retorquiu ele” (Para quem leu o célebre livro “Porque é que os homens não ouvem nada e as mulheres não sabem ler mapas?” esta era uma pergunta minha completamente escusada). Entrámos no autocarro ao lado da Catedral de Santa Maria del Fiore e como estava cheio, lá fomos em pé. Eu agarrada àquelas argolas penduradas no tempo e o Jorge também e agarradíssimo ao malão. De vez em quando eu perguntava “É aqui que saímos?” “Não – respondia ele cada vez com menos paciência para a minha impertinência – quando for eu digo”. Muito bem, lá no livro referido acima aprendi que não vale a pena contrariar um homem no que diz respeito a endereços. E fomos andando no autocarro até… pararmos novamente na paragem onde tínhamos entrado. Ainda havia lá pessoas, muitos turistas a quem não passáramos despercebidos pelas dimensões da mala. E que nos olharam espantadíssimos quando voltámos a sair com a mala. Desatámos à gargalhada os dois “Se alguém da nossa excursão nos perguntar, dizemos que fomos passear a mala por Florença!” E lá fomos de táxi para o hotel!

Bem, hoje encontrámos as malas porque nem passa pela cabeça do Jorge dar o balúrdio que pedem por elas nas lojas normais. Até são muito elegantes e aproveitámos para comprar duas. Dei umas voltas. Sinceramente gostei de alguns óculos escuros mas aí não abro mão… o que é de marca para mim tem de ser de griffe. E ponto!

Contentes com as nossas malas voltámos para casa e, de novo, adormecemos cansados – ele pela sua anemia, eu pelo Lúpus; ambos por doenças auto-imunes…

Quando acordei havia um cheiro esquisito em casa. Bem, as ditas malas têm um cheiro a petróleo (???). O Jorge já acendera uma vela de cheiro perto delas abertas. Mas eu desconfio que ali nem com uma loja inteira de velas de cheiro. Levámo-las para um compartimento que não está em uso, abrimos um pouco a janela e ficaram a arejar… duvido que dê certo, mas se não der volto lá no Sábado que vem. Não vou para lado nenhum com aquelas malas assim! A roupa há-de ficar com um cheiro… Socorro!!!

Obrigada por me lerem. Amo vocês!

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