Nós

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sábado, 19 de junho de 2010

Pelos Caminhos do Minho - 19 de Agosto

A ideia para hoje era ver os arredores. Pensei no que vi num mapa como “Rotas da Cerâmica”. Mas como o livrinho que comprei não é muito específico fomos mais por tino: Tamel S. Veríssimo, Galegos Santa Maria, Galegos São Martinho. Vi algumas indicações mas nada em exposição como eu imaginava. Depois rumámos a Roriz e Oliveira porque eu gostava de ver a Citânia de Oliveira mas nunca encontrámos. A seguir Panque para ver a Igreja e Necrópole de Mondim. Mas, senhores autarcas, por favor coloquem indicações para estas atracções pois não as encontrámos. Em Galegos Santa Maria encontrámos indicação para o Balneário da Pena Grande mas, sinceramente, teríamos de ir a pé por um caminho demasiado cheio de vegetação e não tinha vontade de me ir sujar onde há séculos se tomava banho. Depois de Panque o Jorge perguntou se eu gostaria de ir a Ponte de Lima (ah, ele é que ía a conduzir!). Ainda disse que sim mas depois vi que Viana ficava equidistante e preferi Viana. Depois de passar Barroselas e Darque chegámos. Foi só mesmo entrar e sair na cidade mas deu para ver que eu gostaria de aprofundar. Tudo preparado para a Senhora da Agonia mas a saúde não permite de forma alguma que nos vamos meter num tipo de festas destas. Bem que eu gostaria… A chegar a Viana vimos algo grande lá em cima no monte. Como o livro era só de Barcelos não imaginava o que era… já descobri que é Santa Luzia. Adorava lá ir. Deve ter uma vista linda, além do próprio monumento em si mesmo.

Tínhamos saído de Barcelos por volta das 10 horas e ía-se aproximando a hora de almoço. Mas gostaríamos de vir pelas praias. Assim, foi, o GPS (sem esta máquina nunca teríamos feito o percurso por estas aldeias) ajudou-nos a ir por Castelo de Neiva. No percurso pude observar a mistura de ruralidade que se apresenta e de repente tenho a sensação de estar na Terceira – campos de milho com o azul do mar ao fundo. Algumas casas com traça arquitectónica parecida. Não há dúvida que gentes do Minho povoaram também as lindas ilhas açorianas. Depois, São Bartolomeu do Mar, Esposende, Ofir e Apúlia. Começámos a compreender que pelo cheio de sardinha assada era melhor irmos comer para outro lado pois nenhum de nós aprecia (o Jorge detesta). A seguir à Apúlia, que achei muito engraçado – que pena a máquina fotográfica estar sem bateria – metemos por Vila Seca onde um cheiro de mistura de bosta de vaca e salgado ainda fez lembrar mais os Açores. Aí o Jorge propôs passarmos 3 restaurantes e comermos no quarto. Mas só valeria os que ficavam na nossa mão, isto é, à direita. Muito bem; não lhe conhecia esta veia brincalhona mas achei giro. Quando entrámos em Barcelos desatei a rir “Vamos almoçar em Barcelos!”

Vendo o guia optámos por um restaurante que nunca encontrámos e entretanto a Ana, minha querida amiga telefonou e aconselhou-nos “A Muralha”. Assim foi, viemos colocar o carro no Hotel e fomos a pé. Eram 15 horas e não tinha ninguém. O melhor do almoço foi a chegada da Ana. Linda, querida e simpática como nas fotos. Adorei conhecê-la. Fomos depois conversar para a esplanada da Pastelaria Arantes. Foi uma tarde muito agradável. Muito prazer e muita alegria em conhecer-te, minha querida amiga!

Uma notinha aparte. A minha madrinha de baptismo é de Barcelinhos. Foi ela que desde os meus 4 ou 5 anos de idade me introduziu nas lides da pastelaria. Depois, entre os 14 e os 18 anos fiz bolos pequenos e grandes, simples e decoradérrimos como os de casamento. Mas como dizia, a minha madrinha ensinou-me muita coisa. E eu aprendi com ela a fazer uns pastéis de coco com base de massa tipo tenra e não massa folhada como encontro em todas as pastelarias o que torna os docinhos secos. Pois aqui na Arantes eles são como a minha madrinha me ensinou. Uma delícia!

O Jorge entretanto veio para o quarto pois estava com muitas dores nas articulações. Amanhã é dia de consulta. Ele foi capaz de conduzir 4 horas (!) e diz que se sente menos cansado e com um pouco mais de apetite. Continuam as dores ósseas e articulares mas tanto a ciclosporina como a própria produção e sangue pela medula óssea podem ser responsáveis por estas queixas.

Amanhã é dia de retornar ao Porto. Tenho pena. Continuo cismada com a Feira de Barcelos e estou apaixonada pelo Minho.

Comprei então um livro sobre o Minho e descobri que há imensos pontos de interesse arqueológico, muito antigos. Ai! Ai! Se Deus quiser havemos de explorar esta linda terra. Mesmo que levemos anos, claro. Porque cada pedacinho é como um bombom… para ser deliciosamente saboreado. Como diria a minha querida Professora Arminda Costa “conversa de gorda!” Agora à noite ainda tentámos, por proposta do Jorge, ir dar uma voltinha pela Avenida mas não estava como Domingo; estão as luzes desligadas. Voltámos para o Hotel.

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