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sábado, 24 de julho de 2010

Museu Romântico e algumas coisas estranhas :) - 24 de Agosto de 2010


24 de Julho de 2010

Já estamos no signo de Leão.
Pois, gosto de astrologia, sim. Mas não peço o tempo por ela. Porém, significa que estou quase com mais um ano de vida e, mais importante, que o meu netinho Tiago está quase a nascer. Ele vai ser Leão (de signo… não te assustes filho. E quem sabe?...)
O Jorge acordou-me dizendo: “Já fui ao pão e ao jornal”. É tudo aqui no quarteirão, mas ele estava contente por o ter conseguido.
Queixou-se com dores nos calcanhares e fiz uma boa massagem que ele diz que ajuda. É incrível a cor descorada das plantas dos pés dele, bem como das pontas dos dedos. O mesmo acontece com as palmas das mãos e respectivas pontas dos dedos. Penso que ele não repara. Ou se o faz, nunca disse nada.
Perguntei-lhe se queria ir dar uma voltinha depois do almoço mas não quis. Estava deitado no sofá e via-se bem o quanto está com falta de massa muscular nas pernas. Disse-lhe para fazer exercícios cós os pés, de flexão e extensão para ver se pelo menos não perde mais.
Saí então com a Verónica e o Diogo.
Foi muito estranho deixá-lo em casa, mas estava mesmo a precisar sair e ele incentivou-me a fazê-lo. O destino era o Museu Romântico.
Colocado em GPS, partimos. E uma vez mais vejo que a actualização que lhe foi feita não o melhorou, antes pelo contrário. Chegámos ao portão do referido museu e tinha ao lado do portão um sinal de trânsito proibido “excepto a veículos autorizados”. O que não é o caso do meu. Mesmo assim entrei. Tem um grande espaço lá dentro onde haviam carros. Mas o Diogo dizia “Não devemos estar aqui” e recordaram que o estacionamento do Palácio de Cristal (Pavilhão Rosa Mota) dá acesso ali. Saí e fomos até a esse parque. Ao entrarmos vimos que havia um aviso de que o acesso aos jardins estava encerrado. Já não podia voltar para trás. Entrei pensando que se saísse logo não tinha de pagar, mas tive. 60 cêntimos para dar uma volta no parque de estacionamento. E mais nada! Mas depois de sair daqui é que foi o bom e o bonito. O GPS teimava em nos levar para um lugar cuja entrada era no mínimo estranha… Não parecia estrada, caminho, sei lá. Mas ao fim da 3ª vez a mandar o mesmo eu disse: “Pronto, vou!” E fui, mas mal subi 100 metros, depois de uma curva, não parecia ter continuidade. E se era estreito. Cruzes! Encontrámos um casal a pé e eu “Boa tarde, por favor…” Nem se viraram. Credo! O lugar deve ser mesmo estranho. E eles nem parecem portuenses. Que simpatia… Quando ficou claro que aquilo não tinha continuidade, tive de voltar para trás. Fomos então segundo o sentido de orientação da Verónica e do Diogo. Mas já se passara uma hora desde que estivéramos no parque do museu. Seria a última tentativa. Encontrámos novamente a entrada do Museu Romântico e entrei. Parei lá dentro e chegaram outros carros que tinham tanta autorização como eu. Merendámos (era para ser almoço???) entre muito riso por termos dado tantas voltas, mais de uma hora e voltarmos a entrar onde não era suposto fazê-lo. Fomos para o Museu e soubemos que ao fim de semana não há guia (por isso é gratuito) mas uma funcionária (o Museu é da Câmara) iria acompanhar-nos. E fez muito bem o seu trabalho. Senti falta de um guia porque gosto de saber todos os pormenores. E tive pena de 2 polacos e 1 alemã, pois a sra. explicou em português e em francês mas eles não percebiam. Interessante, mas nada, de todo, que levasse a gastar tanto tempo para ali entrar. Pensei, do que já lera, que era como a mansão dos Astor em Newport onde uma equipa de figurantes mostrava como era a vida na época. E depois, essa história do rei Carlos Alberto viver lá 2 meses e meio e ter falecido num dos quarto, tuberculoso. Murmurei ao Diogo e à Verónica “Colocam isto mais escuro, uma musiquinha de fundo e temos um filme de terror.” O Diogo levantou caracteristicamente a sobrancelha, como quem quer rir. Duas francesas ficaram também impressionadas de estarem no quarto onde morrera um homem e na sala onde o corpo esteve exposto. Depois de sairmos questionei-me de umas argolas na beira da casa, junto ao texto. Lá está, faltava um guia. Ainda pensámos ir ao Solar do Vinho do Porto mas temendo outra desilusão, não fomos.
Regresso a casa pensando num drive-in para comer um sorvete do MacDonald’s. Antes da actualização o GPS mostrava alguns, entre os quais o de Santa Marinha. Desta vez mostrou todos e mais alguns, menos este. Passámos pela orla marítima. Um dia radioso e eu a sentir-me mal por estar ali e o Jorge não. Ó pensamento judaico cristão que tens de te culpar com tudo!!! Pensei em ir ao NorteShopping ver se na Haagen-Dazs haveria uma embalagem individual de chocolate belga para trazer ao Jorge, mas não havia e nós os três preferimos o desejado da MacDonald’s.
Mas antes, fui com a Verónica à casa de banho. Ainda brinquei dizendo que ali não precisava gritar pelo meu filho. E a Verónica respondeu que ela estava ali. Bem, enquanto estava sentada lá dentro, oiço uns barulhos estranhos. Pareceu-me alguém num orgasmo. Mas continuava… pareceu-me alguém a parir. Ainda fiquei um bocado a pensar no que devia fazer. Saí e vejo a Verónica e outra senhora com uma expressão tão intrigada como a minha. Não me sentia bem em sair dali sem fazer nada. Fomos ver se encontrávamos um segurança mas estava a sra. da limpeza, dissemos-lhe que parecia alguém em tal porta não se estar a sentir bem. Ela foi ver e ficámos descansadas. Como não ouvimos mais nada, não devia estar ninguém em perigo. O que começo é a pensar que as casas de banho dos centros comerciais são muito peculiares…
Depois de comprarmos os gelados, sentámo-nos na zona da restauração, sempre atentos para algo que viesse da casa de banho, mas nada, felizmente. Entretanto do outro lado é que surge e bem. Vemos um rapaz que acabara de levar um soco, a dois passos de nós, a sangrar imenso da face. Outro tinha-lhe dado um soco. O melhor mesmo era vir para casa…
Viemos sempre brincando com as situações, o que permitiu umas gargalhadas de que eu estava a necessitar. O Jorge estava deitado a ver um filme no computador, ficou contente por nos ver e por verificar que eu gostara do passeio. Contei-lhe todos os pormenores.
Depois encostei-me um pouco. Estava muito, muito cansada. Mas não era só eu porque os miúdos fizeram o mesmo.
Levantei-me para fazer o jantar do Jorge. Nós, os outros três, tínhamos almoçado tão tarde que não nos apeteceu nada. Quer dizer, eu bebi um iogurte.
Então, Diogo e Jorge puseram-se a ver o Benfica-Mónaco e a seguir dá a tourada… aqui tão perto, na Póvoa. Há anos que não vejo uma ao vivo. Vou ver esta na televisão.
Anuncia-se uma onda de calor para os próximos dias.

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