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sábado, 11 de setembro de 2010

Lar, Doce Lar - 11 de Setembro de 2010





Ontem às 10 horas estávamos já à espera no serviço de Onco-hematologia. O Dr. Mariz chegou e disse ao Jorge para entrar logo. Como as análises estavam feitas de véspera, estavam prontas.
Eu tinha acordado algo ansiosa e à medida que o tempo avançava, estava mais, mas sem dar a notar.
Afinal não havia necessidade. Valores: Plaquetas - 128; Hemoglobina – 10.7; Leucócitos – 3.030; Neutrófilos – 1.790. Dado aval para regressarmos a casa nos Açores com a próxima consulta a 29 de Outubro porque o médico se vai ausentar na semana anterior. Entretanto, faz umas análises. Se não tiver consulta no Hospital de Ponta Delgada, vamos à privada. Ainda fez 1 injecção de Neulasta.
Quando saímos da consulta já a Dra. Sílvia, a assistente social, esperava por nós. Uma querida! Tão bom ver profissionais assim.
Às 11 horas estávamos despachados do Hospital. Faltava fazer mala e entregar o carro no porto de Leixões. Lembrei-me de telefonar para a SATA e disseram que o voo era às 22h10m e tinha lugares. Não pensámos duas vezes: para casa, já! E decidi que iria apenas dizer à Verónica e fazer surpresa a todos os outros uma vez que apenas contariam connosco hoje.
Mandei sms aos amigos e amigas e a Leonor, a Susana e a Patrícia ligaram de volta. A maioria mandou sms de volta. Tão queridos!
A partir daí foi o corre, corre. Fomos almoçar ao Ar de Rio no Cais de Gaia, depois fui ter com a Belém despedir e deixar dinheiro da estadia. De seguida, entregar o carro no porto. Que confusão, credo! Decididamente não gosto de portos. Fico sempre irritadíssima se bem que não sei qual é o fenómeno. Fomos então fazer as malas, dar um beijinho à Belém e aeroporto.
O Jorge só dizia de vez em quando (e eu também): “Vamos para casa!”
O avião saiu na hora, a viagem foi bastante boa e quando chegámos lá estava a Verónica. Disse que o Diogo estava no carro, que fossemos devagarinho pois ele estava adormecido e pensava que eram turistas que estavam a chegar para a Quinta de Santa Rosa. Bem, eu bati nos vidros e ele acordou e deve ter pensado que estava a sonhar.
Na aproximação, pela primeira vez vi as portas do mar à noite. Lindo! Esta terra é linda e foi tão bom começar a vê-la lá de cima. Confesso, enquanto o avião rolava na pista, chorei.
Quando chegámos a casa a minha mãe já se recolhera aos seus aposentos e fiquei sem saber o que fazer, pois não queria assustá-la. Combinei com a Verónica e ela foi dizer à minha mãe que viesse à nossa sala pois havia pessoas da igreja que tinham vindo falar com ela. Coitada da minha mãe; pensou que era alguém que tinha falecido. Afinal, quando chegou à sala eu e o Jorge estávamos sentados. Foi a festa!
Quando o Jorge se sentou na nossa sala, disse: “Olha o meu cantinho!” e eu “Olha a nossa televisão!”
Fiquei na conversa com a minha mãe até à 1 hora e depois tive mesmo de ir para a cama pois estava a dormir em pé.
Quando cheguei ao quarto, estava o Jorge com um pijama que lhe comprei quando estava internado e sempre disse que só o vestia quando chegasse a casa.
Dormi com pesadelos e acordei com dores no ombro. Não sei se pelo clima ou se pelo nosso colchão que é duro. Tenho de comprar outro…
Chovia quando acordei, pelas 9 horas mas logo clareou. Ainda bem que já cá estamos. Telefonei à Solange e vamos lá à tarde quando o Sandro já estiver em casa.
Estou a preparar material para apresentação da unidade curricular de que sou titular mas o guia do ano não porque ainda não tive oportunidade de falar com a minha colega que me ficou a substituir na coordenação do ano.
Hoje é a eleição das 7 Maravilhas de Portugal, a partir daqui de Ponta Delgada. Não temos carro e estamos no conforto do nosso lar. Depois a Verónica vai levar-nos a casa do Sandro.

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