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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pelos Caminhos do Douro – 5 de Setembro de 2010




Dia 2 dirigimo-nos a Sabrosa. A partir do IP4, começamos a andar “nas alturas”. Quando um sinal de trânsito diz “Travar com o motor”, começo a ficar mais ansiosa do que desejaria. Foi o Jorge que levou o carro. Já se apoderou do lugar de condutor!
As indicações do GPS não ajudaram completamente porque há estradas fechadas. Mas acabámos por chegar ao Solar dos Canavarros. Fiquei algo desagradada por me aperceber que era hotel e não turismo rural. E estava muito cansada da viagem e de andar às voltas. Mas depois de entrar no quarto e ainda mais na piscina, fiquei muito mais agradada. É um lugar muito limpo (a piscina nem tanto) e agradável. As pessoas são simpáticas. No dia da chegada foi desfrutar da piscina e descansar. Depois fomos jantar a um restaurante (tipo ?) ou churrasqueira (tipo ?). Escolhi posta à maronesa mas não gostei nada. Sabia apenas a carne sem qualquer tempero. Fomos para o hotel depois de uma pequena volta e perguntei à recepcionista o que havia para ver nas redondezas. Ela deu um mapa e fez uns esquemas e decidimos no dia a seguir ir ver as aldeias históricas, os miradouros e Pinhão.
No quarto, com plena captação de sinal de internet, decidi uma loucura mais, procurar um local, agora sim, de turismo rural para os dias de 4 a 6. Várias vezes passei por uma quinta que me chamava a atenção apesar do preço dar que pensar. Mas raciocinei que não indo à Tunísia (estaríamos de partida dia 9), poderia arriscar. E assim fiz. O Jorge não concordou nem discordou mas depois de marcado e já sem poder desistir, reparou que não tinha medicação suficiente até ao dia 6 e teríamos de ir ao Porto antes de ir para Baião, Quinta das Quintães. O Diogo ficou satisfeito por assim ter mais roupa pois levara apenas para 2 dias.
No dia seguinte levantámo-nos para o pequeno-almoço. Muito básico, mas com o melhor pão que já apanhámos aqui no Norte onde o pão na prima pela qualidade (apesar de não ser o alimento que contribui para o meu peso, sei apreciar quando é bom e quando não é). Depois seguimos para a primeira aldeia histórica. Os caminhos eram estreitos e no alto de montanhas sem qualquer protecção. Dei comigo a agarrar-me ao chão do carro e a travar. Não acredito muito que descendamos de macacos mas comecei a duvidar quando me apercebi que os meus dedos dos pés se dobravam para me agarrar. Foi vertiginoso. A paisagem é bonita mas esmagadora. E assustadora. Entrámos na aldeia e não vi os solares em ruínas. Também não procurámos muito. Decidimos ir ao miradouro. Outra viagem de tirar a respiração e de eu me agarrar com os pés ao fundo do carro e com as mãos à porta. Não abro boca nestas ocasiões mas o Diogo tirou-me uma foto que mostra bem o meu medo.
O Miradouro é bonito, sim. Quer dizer, a paisagem que de lá se vislumbra. Descemos ao Pinhão. Interessante mas a um café que fomos, reparámos que a simpatia é pouca. Voltámos directamente para o hotel porque a minha capacidade de andar pelas alturas estava desfeita. E em pouquíssimo tempo chegámos ao hotel pois fica apenas a 16 Km. Tínhamos levado mais para ver o que nos propúnhamos. Decidimos almoçar no hotel. Escolhi um dos pratos do dia que era Bacalhau à Brás. Nunca o comi tão bom. Começámos a pensar se não deveríamos jantar lá também. Mais tarde no quarto reparei que o único restaurante que na vila vem na internet é mesmo o do hotel. Assim, depois da sesta, eu e o Diogo fomos para a piscina. O Jorge não teve coragem por achar a água fria. E não insisti pois algo que estava de manhã na água, às 5 da tarde continuava lá. Ao jantar escolhi grelhada mista e, apesar do tempero ser bom, achei muito gordurosa e mal passada.
Entretanto saíra a sentença do Processo Casa Pia e eu estava mal disposta e enojada porque sempre acreditei na inocência do Carlos Cruz.
Depois do jantar jogámos uma partida de snooker e tirámos fotos pois o hotel é deveras bonito. Fui para o quarto e fiz serão com os meus jogos do Facebook. Como tinha umas bolachas decidi que não me ía levantar cedo para o pequeno-almoço do hotel que não valia o meu sacrifício.
No dia seguinte ainda acordei a tempo do pequeno-almoço; o Jorge e o Diogo foram mas eu não quis mesmo ir. Fiquei a tomar banho e a arrumar as coisas. Depois foi o check-out.
A viagem para o Porto já não foi tão impressionante porque os precipícios ficam no outro lado da estrada. Entrámos um pouco em Vila Real que me pareceu uma cidade mais engraçada do que vista de longe.
No Porto entrámos em casa rapidamente para buscar o que era necessário e depois fomos almoçar à Churrascaria de Monte Burgos. Apesar de ficar muito mais perto de casa do que a do Amial (esta agora fechada para férias), preferimos sempre esta pela simpatia e pelo serviço. Isto para mim conta muito e onde sou bem tratada fico cliente. De facto, uma vez mais reparámos que o serviço de Monte Burgos não é nada simpático apesar da comida ser boa.
Findo o almoço colocámo-nos logo a caminho da Quinta das Quintães. A confirmar o que diz nas apreciações do Booking, não é fácil de encontrar, mas do centro de Baião telefonei para a quinta e a senhora deu-me indicações. De novo cheguei muito cansada e até desorientada – de novo. O caminho é sem qualquer protecção, mas apenas entre a estrada nacional e a quinta, cerca de 3 Km. Havia muitos rapazes a jogarem à bola na piscina. E não dávamos com a entrada. Mas depois demos, os donos apresentaram-se e a proprietária foi mostrar-nos o apartamento. Enorme para nós 3 com 2 quartos, kitchenette, sala, casa de banho. E, como toda a quinta, uma vista deslumbrante sobre o Douro. De cortar a respiração. Tanto que agora ao escrever isto me apercebo que não li, não usei a internet (também por falta de acesso) porque fico pasmada a olhar para a paisagem, a ver os barcos, o comboio, cada pormenor. É um filme ao vivo. Do outro lado fica Resende. É tão lindo, tão lindo!
A primeira coisa que fiz com o Diogo foi ir para a piscina. O Jorge estava muito cansado e ficou a descansar, mas depressa foi ter connosco. Mas não teve coragem de entrar na água porque a achou fria. Eu e o Diogo divertimo-nos o possível porque vários rapazes jogavam à bola na água. Viemos depois para o terraço do nosso apartamento e ficámos deslumbrados, cada vez mais. Aí, eu perguntei à senhora onde podíamos jantar, ela deu indicações e eu marquei para jantarmos hoje aqui já que não queríamos sair, de modo a aproveitar ao máximo.
Fomos jantar onde nos recomendou: Gentleman II (o nome parece estranho). Uma delícia! Finalmente comi posta mirandesa que nem se descreve de tão boa. O Diogo também diz que foi a melhor refeição que fez fora desde que cá está. O Jorge comeu pizza porque diz que está farto de carne. Comprámos depois umas frutas, pão de forma e presunto para o almoço de hoje. As uvas eram deliciosas! Que terra maravilhosa esta. Só gostava que pudéssemos estar a aproveitar melhor o apartamento pois pagávamos o mesmo e a minha mãe ía adorar isto, com certeza. Não pode haver quem não goste.
Hoje o jantar foi aqui na quinta, delicioso, desde as entradas com um paté de azeitona e quiche de espinafres até ao gelado de morango (uma delícia) passando por strogonoff de frango com arroz de caril e bolinhas de cenoura.

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