Nós

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Até já, filho!… – 9 de Setembro de 2010




Chegou o dia do Diogo regressar a casa. Tem de ser; as suas aulas começam para a semana e ele necessita de uns dias para se reambientar a casa e ao meio.
A minha mãe chegou ontem. Que a nossa vida retome ao normal!...
Mas não é fácil. Foram 3 meses de partilha intensa, de momentos menos bons e de outros bons, até porque o Diogo tem o dom de fazer com que o que é mais difícil se torne mais fácil. Por isso vê-lo partir foi complicado mas, claro, não mostrei. Não tinha esse direito, de o fazer sentir com o coração pequenino porque ele já fez por nós e especialmente por mim mais do que muitos filhos fazem toda a sua vida. Não me canso de pedir a Deus que o abençoe pois ele merece de tudo do bom e do melhor neste mundo. Bolas! Já estou a chorar (consegui aguentar até agora; daí que escrever seja tão importante). Recordo as vezes que ele me fez rir, me fez comer quando a comida não queria passar, que me puxou para trás quando queria comer o que não devia, que me massajava o ombro até me tirar as dores.
Antes de o deixarmos no aeroporto fomos almoçar mas ele não gosta de comer antes de viajar e só comeu uma sopa de legumes. À despedida ele disse: “Têm de voltar daqui a 2 dias!”
Deixámo-lo no aeroporto e depois fomos buscar um carro de aluguer. Sim, porque se tudo estiver de modo a podermos voltar para casa no Sábado, temos de deixar o carro no porto de Leixões amanhã entre as 14 e as 18 horas.
O Jorge está muito certo de que voltaremos no Sábado. Prefiro ser cautelosa porque há 2 anos foi uma desilusão o adiamento necessário. Prefiro estar com as possibilidades em aberto. Mas claro que também tenho esperança. Não quero é dar como certo. Porque na vida cada vez mais as coisas são incertas. Mas ele diz que se sente melhor do que há 2 anos. Eu também acho.
Trouxe o nosso carro com o GPS mas arranjei modo de me perder… Fui a Lidl comprar pão e iogurtes e foi muito estranho ver as coisinhas que o Diogo comprava como as saladas, o ice tea, etc. Entretanto o Jorge foi ao Instituto Cuf buscar a minha mamografia que fiz na véspera de ele ser internado e nunca fui buscar. Mesmo perdendo-me e indo ao supermercado cheguei a casa primeiro que ele. Tentei telefonar-lhe mas o telemóvel estava desligado quando tentei contactar, de modo que quando chegou a casa eu já estava muito ansiosa. Por isso e pela partida do Diogo, claro. Tive de tomar um Metamidol.
Depois, contando com a hora de sms do Diogo a dizer que estava a embarcar, já tinham passado mais de 2 horas e meia e comecei a ficar aflita. Ía ver no site da ANA ou da SATA mas ele telefonou. Chegou bem, teve boa viagem e o tempo nos Açores está muito bom.
Mantemo-nos por aqui em casa e talvez logo vamos à Feira Medieval em Leça do Balio. Ainda propus ao Diogo ficar para ver porque começa hoje mas compreensivelmente ele quis ir embora. É que esperar por nós e depois acabar por ir só, assim foi preferível. Já está lá, com a conta de Deus.
Estou a preparar algum material para o início do ano lectivo, na esperança de estar na Escola na segunda-feira.
Ontem despedi-me da Leonor e estive um pouco com a Belém.
Só fazemos as malas mesmo depois da certeza. Assim, tendo o aval médico, vamos ter com a assistente social, depois entregar o nosso carro e então dar os retoques finais na nossa ida. Isto é o que temos planeado.
22h57m
Na internet fui ver a programação da Feira Medieval aqui de Leça do Balio. Mas não me apelou. E apareceu-me a Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Nova de Famalicão. Estivemos há 2 anos e o Jorge acedeu logo em ir talvez por me ver desanimada.
Fomos e gostámos bastante.
Jantámos comida alentejana: eu, salada de orelha e pezinhos de coentrada e o Jorge a mesma salada e posta de vitela grelhada. Estava tudo muito bom.
Depois vimos a feira toda e viemos embora.
Nunca vi tanta gente junta. Já digo como uma amiga minha: onde está a crise?

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